terça-feira, 7 de julho de 2009

Salton Virtude, Villa Francioni e Casa Valduga Chardonnay

O Eugênio já está virando um colaborador habitual aqui do blog. E hoje ele traz suas impressões sobre uma degustação que fizemos ontem, com vinhos brasileiros elaborados com a uva chardonnay. E eu assino embaixo, com exceção ao "aroma de fumaça de cinzeiro", hehehe.

Gostaria só de acrescentar que, para mim, o Salton Virtude foi o mais interessante, pela sua aptidão gastronômica (o vinho "pede" comida). Mas devo reconhecer que o Villa Francioni equilibrou, de forma harmoniosa, corpo, acidez e álcool.

Boa leitura!
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Na noite de ontem resolvemos fazer uma brincadeira abrindo os três vinhos em questão, para vermos qual era o melhor chardonnay brasileiro. São eles os vinhos brasileiros mais badalados dessa uva. O chardonnay da Salton teve uma forte campanha de marketing, anunciando seu lançamento em abril, mas até hoje está muito difícil de encontrá-lo. Na Expovinis, no estande da vinícola, foi artigo raro. Esse vinho tem sido apontado por vários meios de comunicação, como o melhor chardonnay feito por aqui. Felizmente tínhamos uma garrafa para fazer o teste.

Abrimos primeiramente o Villa Francioni Chardonnay 2007. O vinho de cor mais dourada dos três, com aromas de manteiga e café, com uma madeira muito bem trabalhada. Também o mais encorpado deles, com uma acidez correta, e final longo.

Foi aberto então o Casa Valduga Gran Reserva Chardonnay 2008. Esse vinho tem uma cor menos dourada que o primeiro, aromas adocicados que lembram melaço, e na boca confirma o doce. Corpo médio, mas se tornou enjoativo no decorrer da degustação. De tão doce, ficou para acompanhar a sobremesa.

Por último, abrimos o Salton Virtude Chardonnay 2008. Foi o vinho de cor mais clara da noite, de corpo mais leve também. Parecia diluídoem comparação ao primeiro. Muito tímido nos aromas, demorou a mostrar algo, e apesar do contra-rótulo sugerir côco, pão torrado... não identifiquei nenhuma das sugestões. Depois de muito tempo percebi aroma de fumaça de cinzeiro. Até esse momento o vinho estava sendo decepcionante para mim, foi quando o Guilherme disse: “olha a acidez desse vinho”. Foi então que o vinho ganhou ponto no meu conceito. Realmente tinha uma acidez viva, pungente, a maior dos três. Ideal para acompanhar pratos oleosos, defumados e salgados. Esse vinho tem o seu diferencial, mas não foi o suficiente, na minha opinião, para ser melhor que o Villa Francionni.

Eugênio Oliveira.

3 comentários:

  1. Realmente você tem grande razão,não
    sou experte em vinhos,mas me apaixonei por eles desde que conheci a VILLA FRANCIONNI e degustei essa maravilha.
    Hoje sou uma amante das uvas...
    Silvana,São José Sc.

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  2. Deles provei apenas o Salton Virtude. O que mais impressiona é que a acidez do vinho se casa com a potência e com o tempo até se sobrepõe a ela, servindo para acompanhar pratos diversos. Bem longe dos Chardonnays Novo Mundo super-bombados...

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  3. Nunca degustei os três ao mesmo tempo,mas tive a oportunidade de prova-los separadamente e assino em baixo cada palavra, com exceção também da "fumaça de cinzeiro". E na minha opinião, não encontrei ainda vinho branco igual ao Vila Francionni. O mais próximo que encontrei até agora (dentro e minhas condições) foi o Vina Casablanca Nimbus Branco Chardonnay 2007 (chileno)

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