Em junho de 2012, tive a oportunidade de conhecer a
VINOPOLIS, em Londres. Na ocasião, cheguei a publicar uma coluna em jornais sobre a visita. Vi, no site da revista DECANTER, que a VINOPOLIS fechará em 31 de dezembro de 2015. Portanto, se você for a Londres ainda neste ano, ainda poderá conhecer!
Confira alguns trechos da coluna que publiquei em 2012:
Fui lá ainda que não estivesse acontecendo um evento específico. Fiz o roteiro padrão deles, com direito aos vinhos "normais", "premium", champagne e até whisky – não gosto mesmo de whisky, apesar de ter gostado muito de Edinburgh, que também visitei.
Ao chegar lá, você pode optar por diversos tipos de "passeios". De início, há uma pequena aula sobre como degustar vinhos. Algo bem básico, mas que atende perfeitamente seu propósito. Depois dessa breve aula, você segue para a prova de vinhos. De acordo com sua escolha, eles lhe dão um cartão, do qual você destaca tíquetes. Com esses tíquetes, é possível provar vinhos em diversas mesas. Há vinhos de vários países. Inglês mesmo, só provei um branco chamado Ashcombe Hill 2010, da vinícola Denbies, que era o único "nacional" disponível. Bem cítrico, interessante. Confesso que fiquei um pouco decepcionado com o fato de não haver outros vinhos ingleses para provar.
Por falar em vinho nacional, a "Wines of Brazil" está por lá, divulgando os vinhos brasileiros. Há um painel, que conta com a exibição de contínua de um vídeo mostrando a produção de vinhos por aqui.
À disposição para provar, apenas um: o Concentus 2005, um vinho feito com Cabernet Sauvignon, pela Pizzato, na Serra Gaúcha. Um fato digno de nota é que esse vinho estava na mesa de vinhos “premium”.
Mas a Pizzato não era a única representante gaúcha. Uma simpática portoalegrense chamada Josiê, radicada há oito anos em Londres, servia os bons champagnes Nicolas Feuillatte. Dois não safrados, sendo um branco e outro rosé. Bem leves. Mais denso, o safrado 2004 mostrou um bom corpo.
Provei um vinho tinto búlgaro que me agradou. Trata-se do Mammuth 2003, da região de Assenovgrad, feito com as uvas Mavrud, Rubin e Cabernet Sauvignon. O estágio por madeira já não estava tão evidente, graças à evolução decorrente dos anos que o vinho passou na garrafa. Também provei vinhos da França, África do Sul, Itália e de outros países, mas nenhum digno de nota.
Em suma: VINOPOLIS é um nome um tanto pretensioso para o que se oferece. Mas vale a visita!