sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Nova tabela de safras da Mistral

Recebi, há algumas horas, um e-mail de Boas Festas da Importadora Mistral. Nele, havia um link direcionado à nova versão da tradicional tabela de safras que eles oferecem aos consumidores. Também há uma pequena tabela de temperatura de serviço de vinhos.

Resolvi compartilhar aqui, pois acho bem útil! Esta versão é feita para ser impressa, mas você pode usar o arquivo .pdf, caso prefira ter em meio digital. Clique aqui para baixar!


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Grande Prova de Vinhos Brasileiros

ENCERRADA A MAIOR PROVA DE VINHOS BRASILEIROS 

Chega ao final a maior prova de vinhos do  Brasil reunindo grandes experts e surpreendendo pela qualidade aferida


A Grande Prova Vinhos do Brasil, maior degustação às cegas de vinhos brasileiros aconteceu durante os dias 08 e 12 de dezembro no Rio de Janeiro, com curadoria do expert Marcelo Copello, e um corpo de jurado altamente qualificado. A prova, que chega à sua quarta edição, reuniu cerca de 700 vinhos que foram avaliados em 22 categorias, das quais sairá a classificação dos melhores vinhos do Brasil disponíveis no mercado. Este ano o evento contou com a presença de renomados jurados de fora do país, como João Pires, escanção português, o único Master Sommelier de língua portuguesa, que destacou a qualidade dos espumantes Bruts avaliados e sua surpresa com os Merlot; " Os espumantes confirmaram ser o que há de melhor no Brasil e os Merlots foram uma bela surpresa". 

O júri, era ainda composto por profissionais de vários estados, contando com representantes do comitê técnico o Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN), parceiro do evento, da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), de jornalistas especializados e de sommeliers premiados.

Gilberto Pedrucci, presidente do Sindivinho e também membro do Juri, destacou a importância do evento para o setor “é um evento importantíssimo para divulgação do vinho brasileiro, colocando a prova a qualidade que certamente existe em todo segmento”

 “O melhor desta iniciativa é seguir acompanhando o crescimento qualitativo dos vinhos brasileiros, surpreendendo até mesmo os colegas jurados e poder apresentar ao mercado um resultado expressivo, confiável,  que encanta a todos”, relata Sergio Queiroz, um dos organizadores do evento. 


Um ponto de destaque a encantar a todos foi o cenário deslumbrante da praia de Copacabana, vista das janelas dos salões do Rio Othon Palace Hotel onde aconteceu o evento. 


Um filme sobre o evento pode ser visto no link: https://www.facebook.com/riowineandfoodfestival

Conheça as categorias que serão avaliadas:

1. ESPUMANTE BRUT BRANCO
2. ESPUMANTE BRUT ROSÉ
3. ESPUMANTE EXTRA-BRUT, NATURE BRANCO
4. ESPUMANTE PROSECCO/GLERA
5. ESPUMANTE MOSCATEL BRANCO
6. ESPUMANTE DEMI-SEC, BRANCO
7. ESPUMANTE MOSCATEL E DEMI-SEC ROSÉ
8. BRANCO CHARDONNAY
9. BRANCO SAUVIGNON BLANC
10. BRANCO GEWURZTRAMINER
11. BRANCO MOSCATO
12. BRANCO DE OUTRAS CASTAS E CORTES BRANCOS
13. TINTO CABERNET SAUVIGNON
14. TINTO MERLOT
15. TINTO TANNAT
16. TINTO PINOT NOIR
17. TINTO CABERNET FRANC
18. TINTO MARSELAN
19. TINTO DE OUTRAS CASTAS
20. CORTES TINTOS
21. ROSÉS
22. DOCES E FORTIFICADOS

O Anuário Vinhos do Brasil 2015 é uma publicação bilíngue, editada em parceria entre o grupo Baco Multimídia e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), trazendo um panorama completo da indústria do vinho brasileira, das regiões produtoras, dos vinhos, do enoturismo,  sendo hoje a principal referência editorial do setor, seja no Brasil ou no exterior, onde é distribuído em mais de 100 postos e embaixadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE)

Os jurados:

  1. Marcelo Copello, predidente do juri (Grupo BACO Multimídia)
  2. João Pires, Master Sommelier português
  3. José Santanita, escanção português da empresa Wine Senses 
  4. Ricardo Farias, presidente da ABS Rio
  5. Deise Novakoski, sommelier e colunista de O Globo
  6. Celio Alzer, consultor do supermercado Zona Sul
  7. Gilberto Pedrucci, presidente do Sindivinho.
  8. André Peres Jr., enólogo e representante do comite técnico do Ibravin
  9. Valdiney Ferreira, coordenador do curso Negócios do Vinho da FGV
  10. Éder Heck, sommelier e gerente do restaurante Mr Lam.
  11. Homero Sodré, consultor de vinhos
  12. Jô Sodré, professora de vinhos do SENAC
  13. Paulo Prado, sommelier
  14. Roberto Rodrigues, ABS Rio
  15. Paulo Decat, diretor de degustação da ABS Rio
  16. Sergio Cardoso, ABS Rio e autor do software Adegas & Vinhos
  17. Sergio Queiroz, (Grupo BACO Multimídia)

  18. Auditor: Darci Dani, do comitê técnico do Ibravin.

    Baco Multimídia: www.bacomultimidia.com.br

domingo, 7 de dezembro de 2014

Bebo, logo existo: Guia de um filósofo para o vinho



Numa palavra: inusitado! Assim pode-se resumir esta obra do filósofo inglês Roger Scruton.

Numa linguagem ácida, Scruton traz uma abordagem do vinho que foge do lugar-comum. Em "Bebo, logo existo: Guia de um filósofo para o vinho" cujo título original "I Drink Therefore I Am: A Philosopher's Guide to Wine" foi traduzido e  - coisa rara - respeitado na edição brasileira, o autor traz desde sua relação pessoal e histórica com o vinho até reflexões filosóficas profundas, fazendo com que um tema permeie o outro. 

Embora alguns trechos iniciais possam assustar o leitor, como, por exemplo "Sem a ajuda da bebida vemos uns aos outros tais como somos, e nenhuma sociedade humana pode ser construída sobre uma base tão frágil.", não há com o que se preocupar, pois a lucidez predomina, ainda que com uma contundência incomum. Se você é da turma do "politicamente correto", esqueça este livro!

Trechos relativos a temas mais contemporâneos também estão presentes: "É inútil tentar descrever o sabor do Lafite. Seu efeito no nariz, na língua e no palato não pode ser expresso em palavras, e tampouco devemos considerar com outro sentimento além do desprezo o novo hábito, demonstrado pelos críticos americanos como Robert Parker, de atribuir pontos a cada garrafa como se fosse uma corrida a vencer. Atribuir pontos a um Clarete é o mesmo que se atribuir pontos a sinfonias - como se a sétima de Beethoven, a sexta de Tchaikovsky, a número 39 de Mozart e a oitava de Bruckner estivessem todas pairando entre o 90 e o 95."

De modo geral, tem-se uma leitura agradável. Só achei um tanto enfadonho um capítulo dedicado à ontologia. Provavelmente, isso se deve ao meu analfabetismo filosófico.

Algo que parece incomodar o autor consiste na posição muçulmana quanto à proibição do álcool. Ele aborda o tema em diferentes capítulos, sempre defendendo que essa interpretação do Alcorão estaria incorreta.

O livro possui um apêndice, no mínimo, curioso. Filósofos como Platão, Aristóteles, Santo Agostinho e Descartes, entre muitos outros, recebem uma análise - uma mais aprofundadas do que outras - de seus pensamentos e qual seria o vinho adequado para "harmonizar" com a leitura dos textos de cada um. E Scruton deixa suas opiniões bem claras: Enquanto sugere Vino Nobile de Montepulciano para Tomás de Aquino, "água de alcatrão" é a pedida para acompanhar Berkeley.

Vale a leitura! A editora, no Brasil, é a Octavo.