No dia 20 de março, estive num jantar harmonizado no restaurante Ilê, em Brasília. Na ocasião, os vinhos da Vínica foram apresentados pela bela e simpática Paula Fonyat (foto), proprietária da importadora.
Os "trabalhos" tiveram início com o Prosecco Superiore Brut Millesimato 2011, da vinícola Cecilia Beretta, que mostrou uma boa acidez e um fim de boca bem seco, considerando se tratar de um Brut. Preço sugerido no varejo: R$ 69,00.
Em seguida, foi servido outro italiano, um branco oriundo do Alto Adige, o Kerner 2011, da Abbazia di Novacella. A particularidade deste vinho consiste na Kerner, uma casta resultante do cruzamento da tinta Trollinger (também conhecida como Schiava) com a branca Riesling. Sem estágio em madeira, mostrou um nariz adocicado, o que me deixou um pouco receoso. Mas os aromas enganam, pois, na boca, o vinho estava seco e mineral. Agradável. Preço sugerido no varejo: R$89,00.
Portugal teve seu espaço, na sequência, com um vinho do Dão. O Casa da Passarela Vinhas Velhas 2008 decorre de um assemblage, como o nome revela, de várias castas. São cerca de 30, entre Baga, Rufete, Jaen, Alvarelhão, Touriga Nacional, Tinta-Pinheira e Tinta Carvalha. Achei curioso o fato de que a Pinot Noir estaria também estaria entre as castas já identificadas, o que se mostra pouco usual em vinhas velhas portuguesas. Com aromas de especiarias e taninos médios, tendo passado por 18 meses de estágio em madeira, tem ótimo potencial de envelhecimento. Preço sugerido no varejo: R$119,00.
Do Piemonte, veio o Barbera D'Asti D.O.C. Superiore 'Nizza' 2005. No nariz, uma leve oxidação sugeria que o vinho já estivesse "na descendente", mas uma surpreendente jovialidade na boca revelou o contrário! O tempo se encarregou de integrar os 2 anos de estágio em carvalho francês ao vinho. Mesmo já estando pronto para beber, a acidez e os taninos prometem levá-lo em boa forma por mais alguns anos na garrafa. Preço sugerido no varejo: R$139,00.