Há alguns dias, tive a oportunide de provar 2 belos vinhos, o Quinta do Ribeirinho Pé Franco e o Sagrantino di Montefalco Collepiano, ambos da safra 1998. O Edinho foi nosso anfitrião no Dom Francisco da 402 sul. Quem ofereceu a primeira garrafa foi o João Baptista e, a segunda, o Eugênio, habitual colaborador deste blog. E é justamente o relato do Eugênio a respeito que trago hoje. Confira!
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Essa semana tive a oportunidade de degustar mais dois vinhos de exceção. O Quinta do Ribeirinho Pé Franco, que é o vinho top do Luís Pato, e o Sagrantino di Montefalco Collepiano do Arnaldo Caprai. Os dois vinhos eram da safra 1998, onze anos de vida, um de Portugal, da região da Bairrada e o outro da Itália, Úmbria. Os dois vinhos são considerados rústicos, que necessitam bastante tempo de garrafa para se tornarem prazerosos. O Sagrantino di Montefalco Collepiano é um vinho 100% sagrantino, que passa por um período mínimo de 30 meses de envelhecimento, sendo que destes, 12 meses são obrigatórios em tonéis de madeira. A uva sagrantino vem sendo cultivada na região de Montefalco há mais de 400 anos, e sempre foi utilizada, na forma passificada, para produzir o vinho doce conhecido como Sagrantino Passito. O estilo seco que prevalece hoje, e que foi degustado, só começou a ser produzido nos anos 70. O Collepiano 98 é um vinho DOCG (desde 1992 Sagrantino di Montefalco possui DOCG), é também um vinho de muita estrutura, feito para envelhecer bem. Se tomado jovem, sua potência e alto teor de tanino mascararão a amplitude desse vinho. O 98, apresentava borra no fundo da garrafa, sem comprometimento da qualidade do vinho, e mostrava aromas de couro, defumado e frutas secas. Taninos bem presentes, mostrando que o vinho ainda poderia evoluir por mais anos. A Úmbria também é produtora de salames de altíssima qualidade, sendo que o mais comum, encontrado em toda região, é o Corallina ou Salame Umbro.
O Quinta do Ribeirinho Pé Franco é um vinho 100% baga, casta local da Bairrada. As videiras são plantadas sem enxerto, como era feito antes do ataque da phyloxera, em vinhedos arenosos, beneficiando as videiras, já que a phyloxera não gosta de areia. A baga é uma casta que se caracteriza pela sua maciça estrutura tânica, capaz de ocultar toda a fruta. Luís Pato é considerado o rei da Bairrada e reconhecido como um dos únicos a conseguir domar a baga. Esse é um vinho de baixíssima produção. Cada videira não enxertada resulta em somente uma taça por safra. Como o vinhedo é pequeno, 3,5 hectares, poucas garrafas são produzidas por ano. Esse ano de 1998 resultou em 580 garrafas. Logo percebi que estava diante de uma raridade. No Tour Mistral, tive a oportunidade de perguntar ao próprio Luís Pato sobre essa garrafa. Ele me disse que o Pé Franco 98, ainda não estaria no melhor momento para beber, que estava com 11 anos e que estaria melhor com 15. Disse ainda que era um vinho para se comprar e abrir na festa de 18 anos de um filho, mas que se quisesse tomar agora, aconselhava abrir e deixar no decanter por 01 hora. Foi o que fizemos, ( os dois vinhos foram colocados em decanter ), e deixamos por 02 horas. Na hora de beber, o vinho estava deslumbrante, um aroma de alcatrão, com taninos domados (confesso que esperava um vinho mais tânico e mais ácido), o que foi uma bela surpresa, me levando até duvidar se esse vinho melhoraria com mais 04 anos de garrafa, como me sugeriu o pai do mesmo. Um vinho raro, que necessita 06 videiras para se fazer uma garrafa, e que nessa safra só foram feitas 580 garrafas de 750ml, ou melhor, 580 menos uma. Essa garrafa foi oferecida pelo João Baptista, e foi degustada em sua companhia, juntamente com os amigos Guilherme e Edinho no restaurante Dom Francisco.
Eugênio Oliveira
O Quinta do Ribeirinho Pé Franco é um vinho 100% baga, casta local da Bairrada. As videiras são plantadas sem enxerto, como era feito antes do ataque da phyloxera, em vinhedos arenosos, beneficiando as videiras, já que a phyloxera não gosta de areia. A baga é uma casta que se caracteriza pela sua maciça estrutura tânica, capaz de ocultar toda a fruta. Luís Pato é considerado o rei da Bairrada e reconhecido como um dos únicos a conseguir domar a baga. Esse é um vinho de baixíssima produção. Cada videira não enxertada resulta em somente uma taça por safra. Como o vinhedo é pequeno, 3,5 hectares, poucas garrafas são produzidas por ano. Esse ano de 1998 resultou em 580 garrafas. Logo percebi que estava diante de uma raridade. No Tour Mistral, tive a oportunidade de perguntar ao próprio Luís Pato sobre essa garrafa. Ele me disse que o Pé Franco 98, ainda não estaria no melhor momento para beber, que estava com 11 anos e que estaria melhor com 15. Disse ainda que era um vinho para se comprar e abrir na festa de 18 anos de um filho, mas que se quisesse tomar agora, aconselhava abrir e deixar no decanter por 01 hora. Foi o que fizemos, ( os dois vinhos foram colocados em decanter ), e deixamos por 02 horas. Na hora de beber, o vinho estava deslumbrante, um aroma de alcatrão, com taninos domados (confesso que esperava um vinho mais tânico e mais ácido), o que foi uma bela surpresa, me levando até duvidar se esse vinho melhoraria com mais 04 anos de garrafa, como me sugeriu o pai do mesmo. Um vinho raro, que necessita 06 videiras para se fazer uma garrafa, e que nessa safra só foram feitas 580 garrafas de 750ml, ou melhor, 580 menos uma. Essa garrafa foi oferecida pelo João Baptista, e foi degustada em sua companhia, juntamente com os amigos Guilherme e Edinho no restaurante Dom Francisco.
Eugênio Oliveira
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