Desde anteontem, 1º de agosto, entraram em vigor as novas normas que regem o mercado vitivinícola na União Européia (UE). As medidas visam modernizar o mercado europeu do vinho, aumentado sua competitividade, sobretudo para enfrentar a competição dos vinhos do chamado "Novo Mundo"(países não europeus). Para se ter uma idéia, segundo a OIV, a participação do "Novo Mundo" no mercado mundial subiu de 3%, em 1990, para 30%, em 2008.
Entre as medidas, está a simplificação dos rótulos. A partir de agora, todos os vinhos estão autorizados a trazer, em seu rótulo, a variedade de uva empregada na produção, assim como a respectiva safra. Outra novidade é que as francesas AOC´s (Apellation d´Origine Contrôlée) passa a se chamar AOP´s (Apellation d Origine Protegée). Os chamados "Vin de Pays" agora serão as IGP´s (Indication Geographique Protegée).
Haverá, por 3 anos, incentivo para que produtores menos competitivos arranquem suas vinhas voluntariamente, diminuindo o inchaço da produção européia. Os europeus já vinham adotando medidas paliativas, como a destilação subsidiada do vinho, transformando-o em combustível. Segundo as novas medidas, esse subsídio será aplicado na divulgação dos vinhos e na melhoria dos vinhedos e das vinícolas.
Segundo a Comissária Européia para a Agricultura e o Desenvolvimento Rural, Mariann Fischer Boel, "os Estados-Membros e os produtores têm uma grande oportunidade de usar as novas normas vinícolas para construir uma reputação de excelência para a Europa. Eu realmente acredito que isso marca uma virada na história do nosso setor vinícola."
São, de fato, medidas interessantes e que podem surtir um efeito benéfico para nós, consumidores. Claro que é impossível saber agora a amplitude deste efeito, mas fica a nossa torcida para a elevação da qualidade e preços mais acessíveis.
ResponderExcluirSaudações
Marcelo Oliveira