sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Um belíssimo branco da Borgonha. Sem Chardonnay! Nem Aligoté!

Toda vez que se fala em vinho branco na Borgonha (Bourgogne, em francês), o que vem à mente são vinhos feitos à base de Chardonnay. E não é por acaso. A casta responde por nada modestos 48% de todo o vinhedo borgonhês. A Pinot Noir, que reina soberana entre as tintas, tem 34%. A Gamay, por sua vez, 10%. 

A branca Aligoté, também conhecida por produzir o vinho branco utilizado na receita original do Kyr, responde por 6% dos vinhedos. 

E, naturalmente, essa fama da casta na Borgonha também deriva do fato de que os mais proeminentes brancos da região, como Montrachet ou Corton-Charlemagne - apenas para citar dois, são feitos com a gloriosa Chardonnay, que ganhou o mundo, sendo produzida em praticamente todo canto. Hoje, no entanto, não vou falar (mais) dela.

A Sauvignon Blanc, ou simplesmente Sauvignon, também tem seu lugar, ainda que diminuto, no Borgonha. E há, ao norte, próximo a Chablis, uma AOC dedicada a ela: Saint-Bris. Essa AOC é bem recente, pois data de 2003. Antes disso, era uma VQDS e se chamava Sauvignon de Saint-Bris.

O exemplar que tive a oportunidade de provar foi o Domaine des Temps Perdus, de Clotilde Davenne, 2013. Este belo vinho branco, com nariz bem cítrico, mostrou-se com grande frescor. Na boca, uma acidez no ponto certo, aliada a um corpo médio. Muito bom!

Em tempo: se você fez as contas dos percentuais e notou que ficou faltando algo, aqui vai mais uma informação: Sauvignon, César, Pinot Beurot, Sacy, Melon, além de outras poucas castas, respondem pelos 2% restantes. Isso tudo com base no site oficial da região. 

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