terça-feira, 21 de abril de 2009

Degustação no Le Plateau D´Argent, em Brasília

Desta vez, eu também estava lá! Mas deixei a cargo do amigo Eugênio narrar nossa degustação. Vejam!
____________________
Na noite de ontem, véspera de feriado, nos reunimos para mais uma vez degustarmos vinhos que ficariam onerosos se comprados individualmente e alguns achados. Os vinhos foram selecionados pelo Marquinhos e pelo Walmir Reis, vendedor da importadora Zahil. Estava programado degustarmos quatro vinhos. Os selecionados pelo Marquinhos eram o Acrux 2001 (argentino), e o Chateau Fontarney 1986, da França. Os trazidos pelo Walmir foram o Herdade do Peso Reserva 2003 e o Chateau des Erles Fitou 2003, também da França. Para nossa alegria, o Walmir ainda incluiu um Chateau Verdignan 1998 de surpresa.

Os vinhos seguiram a seguinte ordem:


1- Acrux 2001,vinícola O.Fournier, argentino de Mendoza com 14% de álcool.Se mostrou extremamente jovem para um vinho de oito anos de idade.Sua cor não apresentava nada de evolução, seus aromas sem muita complexidade se mantiveram baseados nas frutas bastante doces, o álcool um pouco desequilibrado deixando a boca quente. Parecia que o vinho tinha sido engarrafado esse ano.Um vinho bem ao estilo novo mundo sul americano, apesar do corte Tempranillo, Malbec, Merlot. Foi o que menos agradou.

2-Herdade do Peso 2003, Reserva, Alentejo, Portugal. O top da vinícola, um corte de 80% aragonês e 20% alfrocheiro. Um vinho com uma cor mais evoluída que o anterior mas com um toque de novo mundo nos aromas adocicados de frutas maduras. A acidez característica de vários vinhos portugueses aqui foi bastante amenizada fazendo com que o vinho não peça tanto um acompanhamento.

3-Chateau des Erles Fitou 2003, Languedoc. Vinho feito pelos irmãos Jaques e François Lurton no sul da França com 50% de Syrah, 25% Grenache e 25% Carignan. Era o vinho que eu tinha mais expectativa em experimentar dentre os apresentados, mas ao final da degustação cheguei à conclusão que ele tinha ficado em terceiro lugar na minha preferência, logo atrás dos dois próximos vinhos a serem expostos. O Chateau des Erles 2003 é um vinho que já apresenta uma boa evolução, com a presença de borras na garrafa, uma cor já mais atijolada que os dois primeiros mas um corpo mais magro do que eu esperava. Como era o vinho que eu tinha mais curiosidade já tinha pesquisado sobre o mesmo e não foi o que eu imaginava. Talvez por ter encontrado um corpo maior no primeiro vinho, achei esse vinho magro, já mais evoluído do que eu esperava, mas com aromas condimentados de pimenta do reino que me agradam.

4-Chateau Fontarney 1986, Margaux. Esse é o segundo vinho do chateau Desmirail, que é um terceiro cru na classificação Grand Cru Classé de Bordeaux 1855. O vinho estava com uma cor bem atijolada de bastante evolução, com aromas medicinais de iodo e mertiolate, chegando ao café. O vinho mais complexo da noite.Confesso que era o vinho que eu menos tinha expectativa, achava que ele estava em declínio, por ter 23 anos, por ser um segundo vinho de um terceiro cru e por desconhecer seu acondicionamento. Mas eu estava errado, e isso é uma das coisas mais legais no vinho, você está sempre "achando", nunca tem certeza. Foi o vinho que mais agradou a maioria. Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc.

5-Chateau Verdignan 1998, Haut-Medoc, Cru Bourgeois Supérieur, 60% cabernet sauvignon, 35% merlot e 5% cabernet franc. Foi o vinho extra da noite oferecido pelo Walmir, que nos brindou com esse grande final. O vinho está no auge,com taninos agradáveis, acidez e álcool equilibrados. Aromas de café, fumaça e caramelo. Vinho pronto. Ótimo preço/qualidade para quem quer um bom bordeaux sem ter que pagar os preços dos grand cru classé.

No mais, foi mais uma noite agradável de bom papo, descobertas e novas amizades com os amigos Guilherme, André, Ricardo, Renato, Paulo e Walmir.

Eugênio Oliveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário