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A convite do meu amigo Ricardo Salmeron, fui à casa de seus pais Roberto e Ieda (casa em que sempre fui muito bem acolhido), para degustar belos vinhos oferecidos por eles e convidados. A noite estava fria e convidativa a um bom vinho, e não foi o que faltou.
1 - Começamos pelo tinto biodinâmico chileno, Antiyal 2006, feito pelo Álvaro Espinoza, que tem predominância da Carménère, mesclada à Cabernet Sauvignon e Syrah. Antiyal significa “filhos do sol” e estava jovem apresentando uma cor bem escura, de um vinho concentrado, com aromas de mentolado e frutas maduras. É um vinho para guardar mais uns 10 anos.
2 - Logo depois foi aberto o Almaviva 2000, que foi logo mostrando a que veio. Muita fruta fundida com a madeira,sem ser austero,com aromas de couro e ameixa preta..Esperava que a cor estivesse mais atijolada, mas estava viva, com pouca evolução,parecendo mais novo do que era, mesmo assim pensei : esse é o vinho da noite.
3 - Foi então aberto o Angélica Zapata 2003 Caberet Franc. Esse é um vinho que não é comercializado no Brasil, só no mercado interno argentino.Quem for à Argentina aconselho trazer de caixa.Ao ser removida a rolha os aromas se desprenderam de forma fantástica e complexa.Inicialmente ataque doce (sem ser enjoativo ) passando por cedro e papelão molhado.A cada nova inspirada dava pena de beber o vinho para que não acabasse nunca.Na boca estava com a textura cremosa, macio,equilibrado.Um vinho gentil.Reservei um pouco na taça para bebê-lo no final e confirmei o que imaginava: o melhor vinho da noite e talvez o mais barato.
4 - Seguindo, degustamos o Pablo Neruda Cabernet Sauvignon 2001, chileno. O vinho apresentou-se com aromas herbáceos, grama molhada ,com um toque de couro e uma cor mais evoluída que os outros vinhos da noite.Na boca estava redondo e equilibrado.Para mim, o segundo melhor da noite.
5 - Continuando no novo mundo, foi aberto o Kuyen 2006, que é o segundo vinho do Antiyal, também feito pelo Álvaro Espinoza de maneira biodinâmica. É um vinho em que a Syrah predomina, complementada pela Cabernet Sauvignon.O vinho tem um toque de especiarias e uma cor bem densa de um vinho novo, que irá melhorar com alguns anos de adega.
6 - Para finalizar, foi servido o grande branco Coulée de Serrant, do Nicolas Joly safra 2006, que estava por quatro horas no decanter, mas isso é assunto para outra postagem.
Eugênio Oliveira.
Caros Guilherme e Eugenio,
ResponderExcluirConversei com o Ciro a respeito e ele me disse termos grandes chances de trazer este vinho para o Brasil. Vamos aguardar!
Um grande abraço,
João Baptista-MISTRAL BRASILIA