Hoje, resolvi abrir uma garrafa que comprei numa viagem a Paris. Trata-se do Château La Bécade 1976. E é justamente a safra que me fez adquirir essa garrafa. Não por acaso, trata-se do meu ano de nascimento!
Como já era de se esperar, podia-se ver, ainda com a garrafa fechada, muito sedimento. Tal como já fiz em outras oportunidades, deixei a garrafa em pé por alguns dias. Neste caso, ficou na adega do Restaurante Dom Francisco, da 402 sul, em Brasília. Aliás, foi ali que provei o vinho.
A rolha não estava colaborando e foi um tanto complicado retirá-la da garrafa, tarefa muito bem desempenhada pelo sommelier da casa, Joaldo Lima, ladeado pelo seu colega Fabiano Lopes. Mesmo com o rompimento, não houve sequer uma partícula sobre o vinho!
Passando o vinho ao decanter, ele se mostrou bem límpido e brilhante - sinal de que a providência de deixar a garrafa em pé foi eficiente para deixar os resíduos no fundo.
Com o vinho já na taça, pode-se verificar que os aromas estavam um tanto fechados. Em compensação, não revelou notas de oxidação, indicando que se podia esperar um vinho ainda vivo na boca (algo que a aparência também sugeria). De fato, na boca, ainda revelava acidez e taninos equilibrados.
O vinho não mostrou grande complexidade, mas se revelou muito agradável e serviu para provar mesmo um Bordeaux simples pode resistir ao tempo com elegância e proporcionar muito prazer, mesmo sendo quase um quarentão!
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