Muita gente torce o nariz só em pensar em pedir vinho em taça nos restaurantes brasileiros. Esse receio não é infundado, pois na maioria dos restaurantes vemos o pior vinho da carta, o mais ordinário, sendo destinado ao serviço em taças.
Mas para toda regra, há exceções. Uma delas está em Brasília, no restaurante Dom Francisco, da 402 Sul. Eles usam um sistema "Le Verre du Vin", que permite manter o vinho em boas condições por até 21 dias. Mas a boa rotatividade dos vinhos faz com quem o prazo médio seja bem menor.
Numa gama de preços que vai de R$ 15 a R$ 48 para cada 150ml, conta com rótulos de países como Itália, Chile, Hungria, França, Brasil e Argentina.
Provei um dos destaques, um vinho do Jura (pronuncia-se "jurrá), região francesa que nem todo mundo está habituado a provar vinhos. Trata-se do Arbois Poulsard Vieilles Vignes 2009, do produtor Domaine Rolet. A casta é a Poulsard, também chamada de Ploussard, variedade pouco conhecida. Segundo Jancis Robinson, em seu indispensável Oxford Companion to Wine, Arbois é a mais importante denominação do Jura. Arbois também é o nome de uma cidade que, além de emprestar seu nome à região, intitula-se a capital da Ploussard.
Esse vinho, de cor bem clara para um tinto, aspecto característico dos vinhos feitos a partir de Poulsard, apresentou uma ótima acidez e equilíbrio. Ótima companhia para os famosos pratos de bacalhau servidos na casa.
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