AVIN
Na coluna deste mês, trago uma entrevista que fiz com o português André Ribeirinho, um empreendedor na área do “vinho online”, que criou duas empresas, o Adegga.com e o AVIN. Engenheiro informático de formação, ele é um apaixonado pelo Marketing. Ele mora com sua mulher (e 3 gatos) em sua cidade natal, Lisboa, a capital portuguesa.
Como começou sua relação com o vinho?O vinho entrou na minha vida através de um amigo, Emídio Santos, agora meu sócio, que me convenceu a começar a provar alguns vinhos. Depois, como qualquer wine lover sabe, é possível passar rapidamente de apreciador a apaixonado. Hoje em dia sou um wine lover convicto com uma paixão especial por Vinho do Porto.
Quando o site Adegga teve início? O Adegga começou há cerca de 5 anos ao mesmo tempo que me iniciava na prova de vinhos com dois amigos. Entretanto numa férias em Londres tive oportunidade de ler o livro "The Long Tail", que explica como a Internet alterarou a forma como as pessoas têm acesso a certos produtos (como a música ou os filmes). Pensei imediatamente que seria muito interessante aplicar os mesmos princípios ao mundo do vinho e assim começou o Adegga.com.
O que você considera o principal atrativo do Adegga? A principal atração do Adegga é o fato de ser um democratizador do vinho. Por um lado permite aos consumidores aproximarem-se do produtores que fazem os vinhos que bebem, por outro lado permite a qualquer pessoa partilhar a sua opinião sobre vinho e assim efetuar uma recomendação que pode ser utilizada por qualquer outro wine lover. É um verdadeiro processo de simplificação de linguagem e comportamento, especialmente num mundo do vinho muito habituado a uma comunicação mais tradicional e por vezes muito distante do consumidor.
Quantos acessos o site tem mensalmente? O Adegga e as suas listas de vinhos (restaurantes, lojas, etc) têm mais de 100.000 visitantes mensais.
O que é o AVIN? Como ele funciona? O AVIN é um código único para cada vinho que permite aos produtores gerirem e disponibilizarem facilmente todas as informações relativas aos seus vinhos para consumidores e profissionais do vinho. Através de um AVIN é, por exemplo, possível a um wine writer obter todas as informações sobre um vinho de forma estruturada incluindo prêmios, eventos, listas de restaurantes e outra informações sobre o mesmo vinho. O AVIN funciona para os vinhos como o ISBN funciona para os livros. É um forma de referir um vinho (por exemplo automaticamente, através de um sistema informático) sem precisar de usar apenas o nome (que pode gerar problemas de identificação). A utilização do AVIN é muito simples. Se o número estiver impresso num rótulo, um consumidor pode pesquisar o código no Google. Nos casos em que os rótulos incluem a tecnologia dos QRCodes é possível utilizar um celular para aceder ainda mais rapidamente à informação sobre o vinho.
Como foi a receptividade dos produtores e do público em geral quando o AVIN foi lançado? O AVIN resolve um problema sério da indústria dos vinhos, que é o fato de não haver um código único que possa ser utilizado por todos os agentes de forma a terem acesso a informações corretas sobre cada vinho. Dessa forma, a recepção à tecnologia AVIN foi sempre muito boa. O público em geral é também responsável por esse desenvolvimento rápido ao ser geralmente muito interessado em novas tecnologias e em especial devido à proliferação rápida de celulares de última geração nos últimos anos.
Caso algum produtor queira utilizar como deve proceder? Qual o custo? Obter códigos AVIN é totalmente gratuito. Apenas é necessário enviar um email para info@avin.cc e trataremos de pedir os dados de cada um dos vinhos e gerar os novos códigos AVIN. A informação está também disponível no website oficial em http://www.avin.cc
Quantos rótulos já possuem o AVIN? O AVIN está impresso por mais de 300 produtores num total de 40 milhões de garrafas individuais. Este é o resultado da rápida adoção que o código AVIN tem tido por parte dos produtores.
Parabéns pelo blog e pela coluna.
ResponderExcluirPercebe-se o bom gosto do entrevistado ao apreciar vinhos e gatos.
Patrícia