domingo, 4 de agosto de 2013

Gaja Sorì San Lorenzo 1996

Nem sempre é fácil encontrar aquela "ocasião especial" que justifique a abertura de um grande vinho.

Mas há maneiras diferentes de encarar esse tipo de coisa. Uma delas eu ouvi numa entrevista dada por um colecionador de Château d'Yquem. Ele disse que não espera ocasiões especiais para abrir suas garrafas. É o fato de abrir uma dessas garrafas o que torna a ocasião especial!

E, dentro desse raciocínio, criei uma ocasião especial hoje. Depois de mais de um ano na minha adega, chegou a vez desse belo exemplar piemontês: Gaja Sorì San Lorenzo 1996. A primeira safra em que Angelo Gaja não utilizou a DOCG Barabaresco, mas a DOC Langhe.
Um corte de 95% de Nebbiolo com 5% de Barbera faz esse belo vinho.

Visualmente, a transparência típica do Piemonte, com uma cor granada, com um atijolado ainda tímido.

No nariz, fruta sutil, com um defumado delicioso.

Na boca, uma acidez viva, taninos elegantes. Fim de boca longo e seco.

Não há mais sinal dos 12 meses de estágio em barricas de carvalho francês, seguidos por outros 12 meses em grandes tonéis. Cerca de 14 anos na garrafa dão sua contribuição.

Os 13,5% de álcool também não incomodam.

Numa palavra: Soberbo!
E um vinho desses merece um belo prato. Marreco guarnecido com um risotto com o próprio molho, do restaurante Dom Francisco da 402 Sul. Harmonização perfeita!

2 comentários:

  1. Que maravilha Guilherme!!!
    Imagino que tenha harmonizado muito bem com o prato.
    Abraço

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  2. Agora, sim!
    Li sobre o vinho da garrafa `bem guardada` até pós- consumo...
    e, melhor reconheço o restaurante!
    Que legal!
    (...)
    Concordo com o texto...

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